O bar

Parte do conceito black-tie que fizemos questão de pensar para os convidados do nosso casamento é um open bar. Além de ser algo que costuma ser característico da experiência nessa categoria de eventos, eu e o noivo amamos sair a noite para beber, comer comidinhas gostosas e conversar, então termos uma seleção de drinks especialmente curados pela gente para que todos degustem ao longo da festa combina demais com a nossa comemoração.

Escolhemos oito coquetéis diferentes além de alguns detalhes a mais para compor o menu de bebidas do bar da nossa festa. Alguns já tínhamos certeza que precisavam fazer parte do cardápio por serem nossos favoritos (ou os favoritos das nossas pessoas favoritas), outros incluímos pensando na experiência e uma das surpresas a gente literalmente criou junto com o bar. Dá pra sentir daí o quanto a gente gosta de pensar nos detalhes?

Tudo isso devidamente introduzido, precisamos tirar um momento aqui para falar sobre o drink ✨da noiva✨

A primeira vez que tomei um Bloody Mary foi em pleno vôo. Eu estava viajando de avião pela primeira vez na vida, para fora do Brasil e na classe executiva – como se não fosse o suficiente, o comissário me adotou: trouxe duas versões de entrada para o jantar, todas as opções de sobremesa e essa recomendação inusitada de drink, que ele me apresentou como “Caesar”, versão clássica canadense da receita. Eu nunca tinha ouvido falar da combinação mas amei e desde então é meu coquetel favorito. Mais tarde, descobri que também é um dos drinks favoritos da minha mãe. Já o noivo sempre pede para experimentar o meu e sempre acha ruim.

De fato, o Bloody Mary não é uma bebida muito democrática mas é definitivamente uma experiência sensorial que combina sabores e pode ser ajustada para qualquer preferência. Vodka, suco de tomate, temperos e pimenta – o toque de sal e um verdinho delicioso para decorar garantem minha felicidade toda vez que peço essa bebida. Existe mais de uma versão sobre a origem do Bloody Mary mas uma das mais famosas envolve os dois lugares no mundo que eu mais amo: Paris e Nova Iorque por volta de 1921, por um bartender chamado Fernand “Pete” Petiot. Tem bastante história sobre isso pela internet, é uma pesquisa legal.

Se você está lendo esse post antes do meu casamento e é um dos convidados, com certeza terá oportunidade de beber a versão que escolhi para o bar da nossa festa (QUE TEM PEPINO COMO GUARNIÇÃO, ESTOU GRITANDO POIS FICOU PERFEITO). Caso tenha perdido essa oportunidade, aqui vai a receita para você experimentar:

Ingredientes:

  • 50 ml de vodka
  • 150 ml de suco de tomate 
  • 15 ml de suco de limão
  • 2 gotas de molho de pimenta (ou a gosto)
  • 3 gotas de molho inglês
  • Sal e pimenta-do-reino a gosto
  • Gelo
  • Feijão-vagem verde em conserva para decorar (opcional)

Passo a Passo para Preparar o Bloody Mary

  1. Prepare o copo (eu sempre gosto mais dos copos grandões): Molhe as bordas do copo, mergulhe-o numa mistura de sal e pimenta-do-reino e em seguida, com as bordas já decoradas, adicione gelo até a metade do copo. Isso ajudará a manter a bebida bem gelada.
  2. Misture os líquidos: Em uma coqueteleira ou diretamente no copo, misture a vodka, o suco de tomate e o suco de limão.
  3. Adicione os temperos: Acrescente o molho inglês, o molho de pimenta, uma pitada de sal e a pimenta-do-reino. Mexa suavemente para incorporar os sabores.
  4. Finalize: Ajuste os temperos a gosto e complete com mais gelo, se necessário. Decore com feijão-vagem verde em conserva (ou uma fatia bem fininha de pepino igual a do casamento).
  5. Sirva imediatamente: O Bloody Mary é melhor quando consumido fresco, aproveitando a mistura equilibrada de sabores.

Talvez você odeie tomar isso e se torne uma pessoa mais culta no processo afinal de contas terá adquirido conhecimento mas talvez você ame e o Bloody Mary vire sua bebida favorita. De qualquer forma, you’re welcome.

A história da seleção do drink especial do noivo é um pouco menos profunda porque a bebida favorita dele ganhou esse posto simplesmente por ser a que ele mais gosta. Mas a história do drink em si é muito boa e eu me diverti pesquisando.

O drink “Fitzgerald” leva esse nome em homenagem ao autor americano F. Scott Fitzgerald que eu estudei na faculdade (sabia que foi ele que escreveu The Great Gatsby?) e que, assim como o noivo, era fã de gin. O coquetel foi criado na década de 90, em Nova Iorque, pelo bartender Dale LeGroff que buscava criar uma bebida simples e elegante que valorizasse as notas botânicas do gin.

Ingredientes:

  • 60ml de gin
  • 20ml de xarope de açúcar
  • 20ml de suco de limão-siciliano
  • 2 dashes de Angostura (não tem tradução decente para dashes gente desculpa)
  • Casca de limão-siciliano

Modo de preparo:

  1. Em uma coqueteleira com cubos de gelo, coloque os ingredientes e bata bem. 
  2. Faça uma dupla coagem para um copo baixo com gelo. 
  3. Finalize com uma casca de limão siciliano para aromatizar.

Simples e chique com uns detalhes contrastantes e inesperados. A cara do Ricardo.

No momento em que finalizo esse post, ainda faltam dois meses para o nosso casamento. A gente marcou uma segunda degustação com o nosso bar para garantir que está tudo do jeitinho que queremos e também garantir fotos e vídeos lindos do making of desse processo com os drinks que são parte tão importante da festa que está chegando. Depois do casamento eu volto aqui para contar em detalhes como foi!

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